sexta-feira, 18 de setembro de 2009

• HISTÓRICO BREVE DO TREM-BALA NO BRASIL

.
O trem-bala entre S. Paulo e Rio de Janeiro é assunto antigo no Brasil, tendo surgido alguns anos após o início de operação dos primeiros trens de alta velocidade no Japão e na Europa. Mais recentemente, em 2005, o assunto entrou na agenda política baseada na extravagante perspectiva de uma empresa italiana denominada ITALPLAN, que vislumbrava a viabilidade econômica do trem com aporte financeiro somente da iniciativa privada, contrariando a experiência internacional que demonstra forte apoio governamental para viabilizar e operacionalizar esta modalidade de transporte.
O trem-bala foi inserido no Plano Nacional de Viação - PNV, em 2005. O projeto ganhou força quando do “apagão” aéreo e deslanchou com o favorável ambiente que se criou de “tudo se justifica”, em razão da copa do mundo de futebol marcada para 2014. Com a Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016, aumentou ainda mais a neurose de, rapidamente, construir o trem-bala. 
A Agência Nacional de Transporte Terrestre - ANTT, responsável pela política do “transporte ferroviário de passageiros e cargas ao longo do Sistema Nacional de Viação”, incorporou em seu programa o TAV - Trem de Alta Velocidade, em decorrência do Decreto nº 6.256/07 que incluiu, no Plano Nacional de Desestatização, o trem-bala entre os municípios de S. Paulo e do Rio de Janeiro.
Foi contratado o Consórcio denominado Halcrow/Sinergia para desenvolver estudos sobre a viabilidade de implantação do trem-bala neste trecho, gerando relatório que se encontra detalhado no sítio da ANTT (www.antt.gov.br).
Em razão da conclusão favorável do relatório, a ANTT decidiu acelerar a implantação do trem-bala de maneira atabalhoada, colocando regime de urgência numa matéria que deve amadurecer de forma lenta e consistente, a exemplo da experiência internacional referente a este tipo de transporte ferroviário.