O TREM-BALA BRASILEIRO é mais uma obra
desnecessária, com custo exorbitante
(previsão de 34 bilhões de reais, que por certo dobrará), somente para passageiros (quando o País é carente de transporte
ferroviário para carga), com tarifas elevadas (somente para os abonados). O projeto superestimou o número de
passageiros, bem como subestimou as
despesas operacionais, sendo que os experts consideram que não haverá condições
para amortizar o elevado valor do investimento, devendo ser assumido pelo
Orçamento da União, já bastante debilitado. A experiência internacional ensina
que mesmo a operacionalidade do sistema trem-bala é deficitária, necessitando
de subsídios do Governo local.
O Brasil
necessita de trem, não de trem-bala, pois a rede nacional não chega a 10.000km
de ferrovias consideradas de utilização plena, concentradas em transporte de
minérios e de commodities. O transporte de passageiros em vias ferroviárias é
insignificante. O investimento previsto para o trem-bala deveria ser alocado na
recomposição, urgente, da rede ferroviária nacional, para atingir pelo menos
65.000 km de ferrovias modernas, otimizadas, cobrindo todo o território
nacional, de uso compartilhado (carga e passageiro). Isto diminuaria o nº de
caminhões nas estradas rodoviárias, bastante sacrificadas, reduzindo substancialmente
a poluição ambiental.
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